2008/10/21

Short Story

Sentava-se à mesa, na esplanada do Sr. João, o seu café de eleição. Contemplava o céu e fixou o olhar nas nuvens cinzentas e grossas que pintavam a abóbada celeste naquela tarde de Outubro. Pensou no tempo e como este é fugidio; pensou na sua adolescência inconsciente que passou a correr; pensou nos 30 anos feitos há pouco tempo; pensou nas relações passadas e como cada uma parecia ser para sempre; pensou nas tristezas e nas alegrias por quais já havia passado. E sorriu. Pediu um café e uma água das pedras, como era habitual, à nova empregada, cuja nacionalidade não conseguiu decifrar só pelo “se faz favor” mal humorado que sussurrou.

2 comments:

Paulo said...

E que bem que lhe fica o sorriso, talvez porque ela saiba que só se deve encontrar o grande amor da vida quando já se for mais velho. É sempre melhor viver antes da felicidade do que depois dela.

z a i d a said...

o amor da sua vida é a vida em si. e a felicidade vive-se todos os dias, mas será um bocadinho melhor qd partilhado com algúem.